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Calendário Junho 2012

Quase meio do ano  e o relógio continua a girar feito ventilador…

Neste mês teremos o Encontro Nacional da Lista Shadow nos dias 7, 8, 9 e 10 na cidade de Treze Tílias – SC,  e assim sendo, o calendário não poderia ser outro se não seguir o que diz o velho ditado:

                               “Mãe é mãe,  Moto é Shadow”

Let´s Ride!

Seo Craudio

Nova Shadow 750 X Shadow 750 ?

A Honda fez seu grande lançamento no segmento custom para 2011. Sim começamos o ano com a maior marca de motos do Brasil já fazendo barulho, coisa que o Diário de Bordo mostrou se não em primeira mão no máximo de segunda, mas com a notícia pouco rodada 🙂 .

Não vou discutir se a moto é bonita ou feia, se é boa ou ruim, afinal estamos falando de uma marca de respeito, eu diria… uma Volkswagen das duas rodas… e só por isso já dispensa comentários, mas é por isso também quero deixar aqui minha indignação.

A muito tempo desde os idos da Shadow 600 que nós os (ex)felizes proprietários de uma delas, já nos imaginávamos “montados” em uma Shadow 750 (Spirit) vendida no mercado americano. Era uma questão de upgrade lógico pular de uma moto consagrada pela sua robustez e confiabilidade somada a uma boa ciclística e fácil manutenção para uma moto de maior cilindrada, maior entre eixos e claro mais “presença”.

Primeiramente isso demorou mais do que o esperado e quando veio a mudança, recebemos aqui uma 750 nacional com algumas coisas boas, como porte maior, mais confortável (para mim macia demais), um pouco mais de potência (mas quando feito as contas peso X potência deixa a desejar), transmissão por cardan, entre “otras cositas mas”. Enfim uma moto maior que a VTX600 e com/mas um design de gosto polarizante. Alguns a amaram logo de cara, vide meu amigo Coelho (acho que o Coelho foi um dos primeiros a ter um exemplar na garagem) e outros tantos que a odiaram (como diria meu amigo Léo: uma b_ _ _a! ), mas mesmo assim a Shadow 750 fez lá seu sucesso.

Agora a Honda relança a Shadow 750 totalmente repaginada, quer dizer, quase que, pois aonde na anterior  via-se um estilo mais clássico com uma pitada de modernidade, agora ela é mais esguia, aro maior pneu bem mais fino na dianteira, para-lama mais integrado na traseira, e uma série de pequenas mudanças que a deixaram mais esportiva, próxima da Spirit esperada em 2005/06.

Motor? O mesmo.

Chassi? O mesmo.

Tanque? O mesmo.

Suspensão? A mesma.

Transmissão? A mesma

Ocha! então o que mudou?

Perfumarias, salvo os freios a disco nas duas rodas e uma versão com ABS. E é aqui que mora minha indignação com a Honda.

Horas bolas, já não estamos mais em tempo de sermos enganados por empresas que quase monopolizam o mercado. E antes que você ache que isso é um discurso da esquerda, se coloque no mesmo ponto de vista que eu:

– A moto está mais, em jargão de projetos, “depopulada” que a 750 de 2010 e custa mais cara.

Que matemática é essa se não a pensar que quem vota em Tiririca pode comprar esta moto?

Simples assim, vamos fazer as contas (de padeiro claro):

– Banco menor,

– Guidon menor,

– Paralamas dianteiro e traseiro menores,

– Acabamentos laterais do paralama traseiro menor

– Eliminada a proteção das bengalas

– Eliminado o conjunto de piscas dianteiro e traseiro

– Farol mais simples

– Lanternas traseira mais simples

– Pneu dianteiro menor,

– Eliminada a plataforma dianteira.

Tudo isso tem um nome: redução de custo, sem repassar a redução para o preço final.

De novo, se ela ficou mais bonita que o modelo anterior, entra a máxima que “gosto cada um tem o seu, e tem gente que nem tem”, mas o ponto é que essa moto (que fará sucesso sem dúvida) deveria custar algo em torno de 26k, mas para nós, eles farão o favor de vender na faixa dos 28800 até  31800, uma pechincha. E como diria o amigo Piréx: “desculpe por ter nascido”.

Boas compras.

Seo Craudio

ps- claro que a achei bonita, ela é uma Shadow 600 melhorada e tão sonhada a 5 anos atrás. Pena que para mim (e para muitos) chegou tarde demais.

** Leia também Midnight Star 950 X Boulverd 800

Midnight Star 950 x Boulevard 800

O mercado de moto custom no Brasil mudou um pouco, e para melhor claro, se comparado nos idos de 96 / 97 onde praticamente só tínhamos duas competidoras: Yamaha Virago 535 e claro a mãe de todas, a Honda Shadow 600.

shadowXvirago

O fato é que hoje com uma economia  estável (…que nunca se viu igual nesse país…),  o mercado se abriu (não totalmente) para outras entradas. Foi assim com as Vulcans e Marauders (98) , e para se ter uma ideia, só em 2006 que veio a Boulevard M800 e sua irmã mais pesada a 1500, e a Honda um ano mais tarde, tirava de linha a shadow 600 substituindo pela Shadow 750, fato que gerou muita polêmica dividindo as opiniões. O que todas as montadoras de motos no Brasil fizeram  não foi nada além de melhorar seus produtos com mais tecnologia, e aumentar as cilindradas. Exceção as Harleys que se estabeleceram no Brasil, sempre oferecendo uma boa gama de motores e acabamentos.

Bom diante de tudo isso, a Yamaha era a única que não tinha migrado para esse segmento das médias cilindradas, mantendo até então a sua Drag Star 650. Mas isso já ficou para o passado, e recentemente fez um lançamento mundial: a Midnight Star 950.

xvs950_midnight_preta[1]

Para mim, é uma das mais belas customs do momento, e aqui no Brasil o foco é, claro, além de competir com a Shadow, roubar o mercado conquistado pela Suzuki Boulevard 800.

Suzuki_M800_2005_02

Não vou aqui defender uma ou outra, até porque ambas para mim têm vários pontos favoráveis, e alguns que deixam a desejar. Mas o que quero dividir com vocês aqui, é uma tabela comparativa que fiz, para quem sabe, ajuda-lo a decidir com qual modelo ficar, apesar que uma coisa ainda é certo: apesar das motos terem subido de patamar, ambas continuam muito próximas, e sempre existirá os fãs de uma ou de outra dispostos a discutir horas e horas como era assim… com a Shadow x Viragos.

Boa escolha.

comparativo Boulevard x Midnight Star

*Caso alguém ache algo errado nesta tabela, por favor me avise.

** Leia relato sobre a Boulevard M800 aqui

*** Leia também Nova Shadow 750 x Shadow 750

Abraços

Seo Craudio

Shadow 600 – todas iguais, mas todas diferentes.

Queria falar sobre a querida Honda VLX 600 popularmente conhecida como Shadow 600, no entanto nosso amigo e também colaborador aqui do blog, o Pirex, fez um post no Diário de Bordo falando tudo sobre a moto, restando a mim então, falar do lado mais poético da coisa.

Como bons latinos, somos miméticos, e a moto deixa de ser apenas um motor com um monte de aço cromado e se transforma em gente, em uma mulher é claro. Para alguns mais ainda, ela é uma amante, onde a esposa sempre a vê com desconfiança e ciúmes. Para outros ela é parte da família, onde todos participam e disputam para ver com quem ela fica no final de semana.

Por onde ela passa ela encanta. Com proporções bem equilibradas, nem grande nem pequena, feita sob medida para quem quer ver o mundo mais devagar, não pela velocidade em si que sabemos não é seu ponto mais forte, mas sim por ela ser parte da paisagem. Possuidora de uma das mais belas traseiras que deixa amostra um largo pneu reforçando que é feminina sim, mas é valente e segura.

Eu tive o prazer de ter duas, a Duka e a Dukatchu, que acabei rebatizando depois de uma pequena customização, passando a ser a Monstruada.

Os nomes variam desde musas do cinema ou grandes guerreiras, ou ainda homenagens a vizinha que o cara sempre quis levar para passear tipo a Ana Júlia, manja? Teve a famosa Benedita, a milagrosa Bibiana, ou ainda a Ferrari metida que só. E a Íris ? Maluqinha… Tem a ComCerva e a Chica ambas muito bem cuidadas por seus donos. A belíssima Violeta, a forte Valentina.  A Samambaia, tadinha, nunca sai da garagem, quase uma donzela, mas a Donzela mesmo é donzela só no nome pois a menina na verdade era bem rodada… Tem alguns que são mais explícitos e já avisam: o nome dela é Chromosexual vai encarar? Outras nasceram para ser princesas igual a Blue Princess, ou simplesmente Black. Teve uma que realizou um sonho : Yellow Dream. Tem a de nomes fortes como: Eleonor, Luíza e Ferradura? :-). Apareceu uma tal de Chispita que era bem amiga da Nikita. E para completar uma tal de Zoiuda e uma toda especial em homenagem as grandes jornadas noturnas: a Yaci.

Enfim, amante ou não, na verdade a Shadow é ou foi a nossa grande companheira. Nela e com ela, compartilhamos os nossos mais profundos segredos. É onde contemplamos os mais belos finais de tarde com o sol e o céu azul refletindo em seus cromados carregando nossas baterias. É com ela que vamos ao encontro dos amigos, e foi com ela que eu ganhei o mundo.

Desejo a todos então, um Feliz Natal e um Super 2009 com muitos e muitos quilômetros a serem conquistados.

Seo Craudio

ps- caso queira que sua foto faça parte deste painel, envie-a para claudiomdsilva@gmail.com

Papel de parede – Honda Shadow 600

Para quem gosta da Shadow 600, segue uma foto para deixar de papel de parede.

Para deixar como papel de parede :

1 – clique na foto,

2 – depois dela ampliada, clique nela com a tecla direita do mouse e selecione – definir como plano de fundo.

abraços

Seo Craudio

Honda VTX 1800C: Exagero em Duas Rodas – por Léo SJK

Na dianteira suspensão invertida Showa, duplo disco de freio flutuante com pinças de seis pistões montados na extremidade de bem acabadas bengalas de alumínio. Na traseira o disco flutuante simples também merece pinça de 6 pistões, combinados com o os dianteiros pelo CBS. Ambos os eixos carregam pneus de alta performance montados em belíssimas rodas de liga leve. Por este parágrafo o leitor acreditaria tratar-se de uma moto superesportiva japonesa.

 Estou falando da Honda VTX 1800C a venda no Brasil. Pelas suas características, a VTX poderia ser considerada uma versão anabolizada da bem sucedida Shadow: estilo Custom, motor em V a 52 graus, 2 velas e 3 válvulas por cilindro, freios Nissin e mais meia dúzia de componentes menos importantes aproveitados para garantir as origens. E pára por aí.

Diz a tradição que moto Custom tem motor V2, pedaleiras avançadas e cromados, muito cromados. O resto é uma variação disso aí, com as versões “bandidas” trocando os cromados pelo preto. Muito bem, a tradição da Honda VTX  1800C acaba neste ponto.

O conjunto mecânico deixa claro que não estamos diante de uma tranqüila moto Custom. São 1795 cm3 em apenas dois exagerados cilindros. Aliás a moto inteira é superlativa, exagerada em tudo do projeto a seus compradores.

A absurda tampa da embreagem contornada pelos não menores canos de escape denunciam o que o piloto desta máquina carrega entre as pernas (aviso aos mais afoitos, me refiro apenas aquilo que foi criado pela engenharia).

São 96,5 cv e 15,9 kgfm de torque. Para quem não entende de momento de inércia, esta moto tem a mesma força de um Chevrolet Astra e carrega apenas um quarto do peso. Para efeito de comparação a CBR 1000RR tem 11,3 kgfm e a Harley Davidson com motor de 96 polegadas cúbicas entrega 11 kgfm. Isso se traduz em força bruta, superada apenas pela caríssima Triumph Rocket III e pela Vulcan VN2000, que só está disponível no Brasil através de importadores independentes.

Acelerar uma VTX é uma sensação única. A cada troca de marcha seu alto torque dá a impressão que vai arrancar o guidon das mãos. A vibração é baixa, mérito dos eixos contra-rotativos, não muito comuns em uma moto Custom. Outro comportamento não esperado é sua estabilidade, acima da média para uma moto deste porte e estilo. Não é uma moto de competição, claro, mas é firme e segura mesmo em aceleradas a 190 km/h ou em tranqüilas estradas sinuosas. Pilotar uma VTX é tão fácil que mesmo depois de 600 km
rodados apenas no primeiro dia não senti o menor sinal de cansaço, ao contrário, ainda tinha vontade de rodar por mais algumas centenas de km.

No trânsito seu porte atrapalha, essa moto não nasceu para o congestionamento das cidades brasileiras, e sim para estradas longas e com asfalto perfeito.

O consumo de 17 km/l é bom considerando seu porte, estilo, peso e tamanho do motor. Apenas 3 km/l a mais do que uma Shadow 600, uma moto com 1/3 do motor e 110kg mais magra. Claro que o motor da VTX é bem mais moderno, alimentado por Injeção Eletrônica, além do fato de que toda a força disponível não exige que se “torça o cabo” para manter velocidade de cruzeiro em torno de 120 km/h como na Shadow.

Seu porte intimida e provoca. Não há identificações, o tanque negro está decorado apenas com os Flames em degradê. Quem a vê passar na rua não deixa de virar o pescoço, já que sua presença é rara em nosso país.

Como defeito desta maravilhosa máquina eu colocaria seu preço proibitivo. Os US$ 12 mil que ela custa nos EUA viraram incríveis R$ 60 mil, culpa do nosso governo que suga o bolso do contribuinte vorazmente sem nem ficar vermelho. Contribui também com este valor estratosférico a política de preços da Honda, que embora tenha baixado o preço da VTX nos últimos 2 anos, não o fez de maneira a acompanhar a queda do dólar.

Como um de seus felizes proprietários,  posso dizer que a VTX é orgulho puro. Não tem a tradição de uma Harley Davidson, com a qual nem deve ser comparada. Uma HD é uma legítima moto Custom enquanto a VTX está em categoria chamada Performance Cruiser. Mas tudo o que os compradores da VTX buscam é romper com as tradições.

Leonardo Marindo de Souza

Harley Davidson linha 2008 – Polêmica no mundo das duas rodas

Pois é, a polêmica surgiu agora, mês passado (abril) com os novos lançamentos em comemoração aos 105 anos da Harley Davidson :

a Rocker e a Dyna Fat Bob, ambas com motores Twin Cam 96, de 1584 cm³.

A Rocker é a mais nova integrante da família Softail, caracterizada por ter um único amortecedor traseiro escondido onde o destaque fica por conta do desenho do pára-lama fixado diretamente à balança cobrindo um belo pneu de 240 mm de largura. Apesar de ser mono posto, possui um minúsculo banco para garupa escondido sob o banco do piloto, tudo com o padrão Harley, ou seja robusto e confiável.

  

Já a Fat Bob vem para aumentar a família Dyna. Ela conta com escapamento Tommy Gun e guidão estilo “drag bar” além dos já tradicionais e marcantes pneus largos – 130 na dianteira e 180 na traseira. Como diferencial o farol duplo, onde é justamente aí que reside a polêmica, surgindo a pergunta :

_ Estaria a Harley “copiando” o design de sucesso de outras motos ?

E pior :

_ Copiando de quem?

De cara podemos pensar nas Triunphs, com os seus já tradicionais faróis duplos usados tanto na antiga Rocket III  como na Speed Triple.

Podemos pensar também nas BMW, que a muito tempo usa e ousa dos faróis duplos assimétricos.

Mas na verdade é aqui que entra o furo de reportagem desta matéria: a cópia vem de uma “japonesa”.

Sim meus amigos, as tão criticadas “japonesinhas” que sempre copiam os modelos americanos, fabricando as famosas motos de plástico. Pois foi ela desta vez o alvo da cópia.

Claro que não é uma moto qualquer é uma Honda VTX 600 sub intitulada:

M o n s t r u a d a.

É amigos… é a Monstruada fazendo escola…

Nota – a Monstruada era uma Shadow 2001, da qual eu fui o customizador,  e “era” porque depois que eu a vendi para o Castrado, ela se foi nas mãos de gente que não presta, e provavelmente está dividida em algumas centenas de pedaços.

Azar o meu e sorte da Harley Davidson, pois com ela eu teria a prova viva para entrar com um processo de direitos autorais contra essa marquinha meia boca conhecida como HD.

Abraços

Seo Craudio

CB 1300 Super Four – 4 Piréx

Foi com alegria que recebi o convite do Seo Craudio para escrever aqui no Cultura de Privada sobre a CB1300 Super Four, moto para a qual migrei há algumas semanas depois de passar um bom tempo com uma CB600F Hornet. Obrigado pelo convite, Duxo. Vamos aos fatos.

História
As origens da CBzona remontam ao final da década de 70: as linhas gerais (mecânicas e visuais) apresentadas pela CB750 Bol D’or de 1978 ainda estão presentes na atual CB1300SF S; entretanto, a X-4 (apresentada em 1997 no Tokyo Motor Show e produzida daquele ano até 2003) é quem tem o título de “mãe da SF” por já carregar o motorzão de 1300cc. Ainda naquele Tokyo Motor Show, foi apresentada a CB1300 Super Four com um motor derivado da X-4: o apelo do público fez com que ela começasse a ser produzida em 1998 e rapidamente se tornasse um sucesso de vendas.

Em 2003 ela sofreu a primeira atualização e ganhou o aspecto que carrega até hoje; de lá para cá, algumas melhorias foram feitas no modelo (lançamento das versões com ABS, uma “race” – a CB1300 Super Four Type R – para o mercado japonês, etc), mas sem alterar muito sua identidade: a versão 2008 mantém viva uma história de três décadas.

CB1300SF x CB600F
Com propostas bastante distintas, as CBs só têm em comum o fato de serem “Citizen Band”; de resto, diferem em tudo – e esse tudo foi o que me levou à troca. Para um observador desavisado, a CB1300 pode parecer uma Hornetona – e, na maioria das vezes, essa lógica explica a minha migração: o Piréx comprou a irmã maior da moto que ele já tinha. Ledo engano.

De proposta mais esportiva, a Hornet não oferece conforto algum ao garupa ou ao piloto (o que condiz com a sua proposta): o pouco peso, aliado ao motor herdado da CBR600F 1998 (que tem a faixa vermelha no contagiros entre 13000rpm e 15000rpm com pico de potência – 96cv – aos 10000rpm), faz dela uma moto urbana com uma veia esportiva.

O projeto da SF, por outro lado, privilegiou o conforto dos usuários – seja no bancão que parece um sofá, no motor que possui muito torque mesmo em baixas rotações ou nos 115cv (aos 7500rpm) que estão às ordens se o piloto quiser abusar. Com essas características, a CBzona se enquadrou melhor no meu perfil: a garupatroa anda confortavelmente, o seguro é acessível, o consumo é razoável e mesmo no trânsito da cidade ela se vira bem. Minha única ressalva era a existência dos amortecedores traseiros; com o passar do tempo, acabei me acostumando e no uso eles provaram que atendem muito bem à proposta naked/touring/muscle bike da CB1300: há várias combinações possíveis (pré-carga da mola, velocidade de retorno, etc) e as regulagens também estão presentes na suspensão dianteira. O painel, digno de elogios, é bastante completo: além das informações tradicionais, traz ainda temperatura externa, marcador de combustível, dois odômetros parciais, quilometragem diária, quilometragem regressiva, cronômetro, etc, etc.

 

Na estrada
A primeira motocada com a CBzona aconteceu durante o XI Mar&Motos de Tramandaí (RS), num percurso tranqüilo de aproximadamente 250km. Obedecendo o manual, fiquei sempre abaixo dos 5000rpm (3500rpm = 100km/h) e a média foi de 19km/l, mais ou menos o que a Hornet fazia (abaixo de 120km/h) com seus quatro carburadores:  sem enrolar o cabo, o tanque de 21 litros da CBZona rende uma autonomia de quase 400km.

Entre a primeira saída para a estrada e este artigo, aconteceu em Ivoti (RS) o 3º Aniversário dos Dinossauros do Asfalto: nas curvas da BR116, a CB1300 se comportou muito bem – mas quem tiver uma tocada mais esportiva vai precisar endurecer a suspensão; na volta, à noite, tive a impressão que o farol da CB ilumina menos que o da Hornet. No mais, a CBzona é espetacular (para quem tem um uso parecido com o meu) e – espero – veio para ficar na minha garagem.

 

 

Mais informações

Grande abraço!

Piréx

quer conhecer o blog do Piréx ?

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Shadow 600 – na Bucovicinal da Vovó Ema

Levantei disposto a conhecer uma bucovicinal de Governador Valadares – MG.

Tudo estava a favor, a temperatura amena, o céu parcialmente nublado ( passei até um pouco de frio ) uma exceção para uma cidade que só tem duas estações no ano : Verão e Inferno.

Meu cunhado, o Renato, acabara de comprar uma beldade – Shadow 600 – 2005 com apenas 4600 km; então a hora era agora, unir o útil ao mais que agradável: conhecer a bucovicinal e testar a moto.

Saí sem muito alarde, mas estava para lá de ansioso para motocar pelas cercanias valadarenses. Tinha duas escolhas:  uma margeando o rio Doce ou seguir para estrada que liga Valadares à Guanhães, cidade natal da “Vó Ema” que nesta segunda-feira passada, dia 21,  completou 97 anos, uma benção. 

E por ela que resolvi seguir, a BR 259.

Para chegar nela, um pouquinho da tão temida BR 116, que aqui em Minas também não foge muito a fama, não tem acostamento, nem sinalização, uma vergonha, mas deixa para lá meu destino era outro e logo cheguei nele, a Bucovicinal da Vovó Ema (aproveitei para renomear a estrada).

Nela chegando já de cara sou agraciado por um belíssimo túnel formado pelas copas das árvores que a margeiam, depois, no decorrer do percurso por vários momentos passei por corredores formados pelos bambuzais, e para completar curvas e mais curvas, algumas suaves e graciosas e outras feitas para raspar a pedaleira, tudo como manda o manual das Bucos.

“_a curva era tão fechada sô, que deu até para ver a placa traseira da moto uai.

 

A velocidade sempre na casa dos 70km/h curtindo mesmo o visual e os aromas.

Vez ou outra, sentia aquele cheirinho gostoso da comida mineira provavelmente vindo de algum fogão a lenha de alguma casinha qualquer a beira da pista, ou então o cheiro das fazendas e dos pastos.

No caminho Santo Antônio do Porto, um vilarejo com seus moradores na beira da calçada ou nas portas dos bares vendo a vida passar acompanhado de uma boa prosa ou um copo de cachaça, e obviamente todos pararam para ver o pequeno grande anão passando com a reluzente Shadow.

Depois de 1 hora de motocada era hora de retornar e o caminho seria o mesmo, mas aí a gente faz diferente e na volta forcei um pouco mais a tocada atingindo a um certo ponto de uma grande reta os 150 km/h, afinal meu objetivo era testar a moto… certo ?

Entrei na cidade por um lado que ao subir um pequeno morro  dei de cara com o Pico do Ibitura ao fundo num imenso cartão postal. De lá direto para o Bar do Moraes tomar uma gelada com meu concunhado Serginho onde ficamos ali contando causos e rindo da vida.

Nisso chega o Renato :

“_ Ei ! Ei ! Aqui ó, tá boa a motoca não está ?

E mais que depressa mandei no mesmo tom :

“_ Renato, Trem novo é bom dimais da conta sô ! Parabéns, só alegria.

E foi assim então que conheci de moto, a Bucovicinal da Vovó Ema, e fiquei 180 km mais feliz.

Abraços

Seo Craudio