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HD Fat Boy = Fat Man + Little Boy

Fica difícil acreditar que não foi intencional o uso dos nomes das bombas lançadas sobre o Japão – Fat Man e Little Boy – quando analisamos o mercado americano de motos customs nos anos 90 e a invasão de motos japonesas por lá. Era uma questão de sobrevivência para a Harley-Davidson lançar algo para “detonar” as japonesinhas e a “bomba” não poderia ter outro nome: Fat Boy.

Não vou ficar aqui discursando sobre sua evolução no tempo e suas características técnicas, meu amigo Piréx em seu blog Diário de Bordo  já  fez com maestria. O que quero aqui, é somente deixar meu depoimento como um feliz proprietário de uma Fat 2007 recem adiquirida.

Fat Boy

Sim eu sei; eu era um daqueles que dizia que dessa água não beberia, mas não sem motivos afinal as HDs são cheias de histórias como o “vaza óleo” (e vaza, mas não onde se pensa), ou o problema da refrigeração a ar (e esquenta mesmo), ou os engates imprecisos aliados a um acionamento de embreagem muito duro (eu não percebi nada), e ainda o “vibra muito” (até agora o único que está vibrando sou eu). Mas como o mundo gira um dia desses um grande amigo, o Nata, veio me fazer uma visita logo após a minha queda na região de Limeira, e me contou uma história no mínimo curiosa: ele foi comprar um pneu e saiu com uma Road King – uta vendedor bom, acho que era o mesmo que vendeu um barco para o cara que estava procurando uma farmácia para comprar absorvente para a esposa 🙂 .

Conversa daqui, conversa dali e ele divide o grande problema que tinha: duas HDs na garagem e precisava de ajuda para vender uma e queria minha ajuda nessa solução. Mais conversas e 1 garrafa de Jack depois, o problema foi resolvido com uma única frase: “a moto é minha”.

Não sei se foi o efeito do álcool ou eu que bati a cabeça no acidente, mas acabei comprando a moto sem nem ao menos vê-la, e pior ainda sem ao menos dar uma voltinha e quando cheguei para busca-la tomei um baita susto:

– Será que eu alcanço o chão?

– Será que eu aguento o peso?

Bem essas dúvidas foram embora logo depois que passei da primeira esquina e mesmo em baixa velocidade ela é muito gostosa e fácil de conduzir, já em velocidade cruzeiro 110 a 130, nem se fala, é uma sensação incrível, a moto fica “na mão”, sem vibração alguma só o ronco grave e forte que sai dos canos impondo respeito e dando legitimidade de uma genuína HD, uma Softtail com cara de Rabo duro com seu centro de gravidade baixo deixando a moto “colada” no asfalto transmitindo muito prazer e segurança ao pilotar.

Bem, só sei que neste primeiro mês com ela, já se foram 1000 km, e na água que disse que nunca beberia, hoje mergulho de cabeça.

abraços

Seo Craudio