Nova Shadow 750 X Shadow 750 ?
A Honda fez seu grande lançamento no segmento custom para 2011. Sim começamos o ano com a maior marca de motos do Brasil já fazendo barulho, coisa que o Diário de Bordo mostrou se não em primeira mão no máximo de segunda, mas com a notícia pouco rodada 🙂 .
Não vou discutir se a moto é bonita ou feia, se é boa ou ruim, afinal estamos falando de uma marca de respeito, eu diria… uma Volkswagen das duas rodas… e só por isso já dispensa comentários, mas é por isso também quero deixar aqui minha indignação.
A muito tempo desde os idos da Shadow 600 que nós os (ex)felizes proprietários de uma delas, já nos imaginávamos “montados” em uma Shadow 750 (Spirit) vendida no mercado americano. Era uma questão de upgrade lógico pular de uma moto consagrada pela sua robustez e confiabilidade somada a uma boa ciclística e fácil manutenção para uma moto de maior cilindrada, maior entre eixos e claro mais “presença”.
Primeiramente isso demorou mais do que o esperado e quando veio a mudança, recebemos aqui uma 750 nacional com algumas coisas boas, como porte maior, mais confortável (para mim macia demais), um pouco mais de potência (mas quando feito as contas peso X potência deixa a desejar), transmissão por cardan, entre “otras cositas mas”. Enfim uma moto maior que a VTX600 e com/mas um design de gosto polarizante. Alguns a amaram logo de cara, vide meu amigo Coelho (acho que o Coelho foi um dos primeiros a ter um exemplar na garagem) e outros tantos que a odiaram (como diria meu amigo Léo: uma b_ _ _a! ), mas mesmo assim a Shadow 750 fez lá seu sucesso.
Agora a Honda relança a Shadow 750 totalmente repaginada, quer dizer, quase que, pois aonde na anterior via-se um estilo mais clássico com uma pitada de modernidade, agora ela é mais esguia, aro maior pneu bem mais fino na dianteira, para-lama mais integrado na traseira, e uma série de pequenas mudanças que a deixaram mais esportiva, próxima da Spirit esperada em 2005/06.
Motor? O mesmo.
Chassi? O mesmo.
Tanque? O mesmo.
Suspensão? A mesma.
Transmissão? A mesma
Ocha! então o que mudou?
Perfumarias, salvo os freios a disco nas duas rodas e uma versão com ABS. E é aqui que mora minha indignação com a Honda.
Horas bolas, já não estamos mais em tempo de sermos enganados por empresas que quase monopolizam o mercado. E antes que você ache que isso é um discurso da esquerda, se coloque no mesmo ponto de vista que eu:
– A moto está mais, em jargão de projetos, “depopulada” que a 750 de 2010 e custa mais cara.
Que matemática é essa se não a pensar que quem vota em Tiririca pode comprar esta moto?
Simples assim, vamos fazer as contas (de padeiro claro):
– Banco menor,
– Guidon menor,
– Paralamas dianteiro e traseiro menores,
– Acabamentos laterais do paralama traseiro menor
– Eliminada a proteção das bengalas
– Eliminado o conjunto de piscas dianteiro e traseiro
– Farol mais simples
– Lanternas traseira mais simples
– Pneu dianteiro menor,
– Eliminada a plataforma dianteira.
Tudo isso tem um nome: redução de custo, sem repassar a redução para o preço final.
De novo, se ela ficou mais bonita que o modelo anterior, entra a máxima que “gosto cada um tem o seu, e tem gente que nem tem”, mas o ponto é que essa moto (que fará sucesso sem dúvida) deveria custar algo em torno de 26k, mas para nós, eles farão o favor de vender na faixa dos 28800 até 31800, uma pechincha. E como diria o amigo Piréx: “desculpe por ter nascido”.
Boas compras.
Seo Craudio
ps- claro que a achei bonita, ela é uma Shadow 600 melhorada e tão sonhada a 5 anos atrás. Pena que para mim (e para muitos) chegou tarde demais.
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